29 de mar. de 2008

Carta de Lucia ao Guilherme relatando a morte da Alma

Passados já um ano e dois meses e meio da morte da Alma, resolvi hoje publicar aqui o e.mail que enviei ao nosso amigo Guilherme de Faria, de São Paulo que foi grande amigo da Alma e seu descobridor, lançador, prefaciador e ilustrador, relatando a ele as circunstâncias da morte trágica de minha amada irmã. Este famoso artista plástico e poeta cordelista paulista descobriu a arte e a literatura da minha irmã em Julho de 2001 quando a visitou no ateliê de pintura que ela manteve por quatro anos na região dos Jardins na capital paulista, e merecia ser o primeiro a ser comunicado fora do nosso círculo familiar. Devo dizer que uma versão desta carta eu publiquei em seguida na página da Alma no Recanto das Letras, quando encontrei seu computador ligado e aberto na sua página com a senha salva, e resolvi participar a tragédia aos poetas recantistas, colegas da Alma e supostos amigos seus. Infelizmente minha carta produziu um imenso escândalo e, equivocada e mesquinhamente minha irmã e o Guilherme de Faria foram expulsos daquele site tendo, espantosamente, sido seus cadastros cancelados pelos editores daquele site. Eis aqui o relato que causou aquele imenso tumulto, e indignação:


Guilherme
A tragédia abateu-se sobre a nossa casa. Alma está morta. Minha pobre irmã matou-se por volta do meio dia de hoje. Esperaram-na para o almoço, e como ela não chegava de suas andanças todos começaram a ficar inquietos, pois ela andava esquisita, novamente, nos últimos dias. Rodo, a doutora Jensen, e Matilde, saíram para procurá-la e percorreram os lugares preferidos dela, o quiosque do jardim, o pomar, o bosque, e até a pradaria em torno da casa. Afinal foram até a cascata. Ali, encontraram o seu vestido branco, sobre a alta margem de pedra do poço, ou piscina da cascata. Ali, pode-se ver de cima a superfície cristalina da piscina natural formada pelas águas que caem na cabeceira do poço, único ponto mais tumultuado. Rodo num ponto mais alto avistou o corpo nu muito branco, de minha irmã, a poucos metros do fundo. E mergulhando retirou uma corda que a prendia a uma pesada pedra, pelo pescoço, para que não subisse. Ele a retirou das águas, gritando, gritando seu nome, em desespero. Ele a colocou na margem e tentou fazer uma respiração boca a boca, mas que era mais um beijo trágico, pois ele desmaiou de dor sobre ela. Ao voltar a si, estava como louco, e está assim até agora, num tal sofrimento, que teme-se pela sua vida. Galdério, quase catatônico, de maneira automática e instintiva, paternalmente como costumava fazer quando Alma era pequena ao tirá-la adormecida de sua charrete, pegou seu corpo como estava e veio com ela nua nos seus braços andando pela pradaria em direção ao casarão enquanto a noticia corria, até entrar no salão e depositá-la sobre a grande mesa de jantar. Tudo isso me foi contado por Matilde ao telefone, em meio a um choro convulsivo. Deixei as crianças aos cuidados de Alícia, sem contar a elas o que e estava acontecendo, peguei o carro e dirigi em disparada até a estância. Aqui encontrei minha irmã posta ainda nua sobre a grande mesa da sala. Seu corpo tão branco estava mais lívido ainda, o que fazia com que se parecesse com uma estátua do mais puro mármore de Carrara, tal a beleza que ainda conservava. Tinha somente uma marca circular, avermelhada, ao redor do seu longo pescoço de bailarina. As pessoas da estância, até os peões e suas mulheres já tinham invadido a sala e velavam com enorme reverência seu corpo nu deslumbrante. Nem mesmo a doutora Jensen, arrasada, pediu que a vestissem. Era como se todos sentíssemos que sua nudez era sagrada. Foi então que Matilde suspendeu tal desvario, irrompendo na sala com uma grande toalha de mesa de renda branca na mão, gritando: “Cubram a minha guria, seus ímpios! Afastem-se todos, cubram minha guria!”
Começaram então as velas acesas, as novenas e o pranto coletivo.
Agora o corpo de minha irmãzinha será levado até Santana do Livramento onde será cremado, como ela queria, para que suas cinzas sejam trazidas de volta e espalhadas ao vento, pelos locais da estância que ela mais amava: as flores do jardim, o pomar, o bosque, a campina ao redor do casarão e o vinhedo. Seu amado pampa será sua morada para sempre. Nossa estância, nossa terra nunca mais será a mesma. Não sei sequer se sobreviveremos à perda de nossa Alma amada, que era tão bela por dentro quanto por fora. Jamais haverá alguém como ela. Sentimo-nos perdidos, Guilherme, nosso amigo, que a descobriu e amou aí em São Paulo, e que tudo fez para que tivesse um livro seu publicado, e que tanto parece conhecer a alma e coração precioso de nossa irmã.
O que mais temo agora é a reação de meus filhos e sobrinhos quando souberem do acontecido. Ai! Não sei o que será deles, que a amam tanto!
Reze por nós, meu amigo, pois esta família precisa de orações, pois lágrimas já temos demais!
Lucia

22/01/2007

18 comentários:

Anônimo disse...

Querida Lucia, como muitos leitores da Alma sofri o grande impacto dessa notícia trágica através deste mesmo texto publicado no Recanto das Letras, na página da Alma que eu acessava todos os dias pela imensa admiração que tenho pela grande poetisa e musa. Sofri muito e sofro até hoje pois me correspondi muito com ela por e.mail. O incrível é o seu texto, Lucia, ter causado tanta indignação até nos editores do Recanto que expulsaram a Alma do site, não acreditando que ela existisse de verdade (!!!!!) ( ela era assombrosa mesmo, e o foi até na morte).
Louvo a você, doce Lucia, tanta dedicação e fidelidade à memória e à obra da sua grande irmã.
Beijos da Leandra April

Anônimo disse...

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juarez malavazzi jr. disse...

Cara Lúcia, não a conheço porém tive um contato estreito com a Alma, que infelizmente agora se foi.
Aliás Alma se foi da única maneira possível e um Grand Finale, digno das mais estupendas personalidades da humanidade.
Estive ausente deste nosso país e só agora venho a saber de tal exuberante fim.
Alma! Alma! Este fim me parece na realidade o grande começo de algo surpreendente. Custo a acreditar que ela tenha partido. Quem viu o enterro? Quem viu o corpo, imaculadamente branco e perfeito em suas curvas e sutilezas? Quero acreditar que esse Grand Finale não passa de mais uma dessas experiências tão típicas de sua personalidade.
Saudades Alma.
Do amigo que te viu e te ouviu.
Juarez.

PS: Esses editores que tiraram os trabalhos da Alma são reacionários e burros ao estremo. Já que são nulos em termos de Marketing.
Alma realmente merece algo melhor por ser maior que esses imbecis.

Anônimo disse...

Fiquei fascinado, enternecido e triste com os relatos sobre a vida de morte de Alma. Minhas condolências.
Já que resido no extremo sul do país, gostaria de prestar uma última e grande homenagem a esta poetiza de primeira grandeza no cenário nacional e, visitar a cidade/localidade/estância de Santa Gertrudes, onde viveu essa expoente da poesia brasileira. Emocionado e aos prantos diante de tanta sensibilidade, eu rezaria contrito pela vida eterna de Alma. Momento de beleza e silêncio que seria potencializado pela visão das fantasticas pradarias pampianas.

Saudações

Lúcia Welt disse...

Querido Vendruscolo

Gratíssima pelo teu comentário e pelos elogios e condolências tão comovedoras. Fiquei muito tocada com as tuas homenagens à nossa querida e grande Poetisa.
Sobre a tua nobre visita devo dizer o seguinte:
Nossa estância, como podes perceber, vive agora envolta em névoas de tristeza e também, reconheço, de mistério... Para alcançá-la e visitar um dia o túmulo da Alma, terás que descobri-la sozinho e por teus próprios meios, mesmo que isso custe o tempo de uma vida. Tudo ocorrerá por si só, pelo teu desejo e devoção, e acontecerá quando for o momento, de destino. Sei que um dia te defrontarás com o túmulo de nossa amada irmã, rezarás e... saberás tanto de ti quanto dela.
Emocionada envio-te um abraço
e um beijo, esperando que nunca abandones a Alma.
Com afeto e reconhecimento
Lucia

Anônimo disse...

Guilherme de Faria é Alma Welt.
Uma visão masculina de uma alma feminina ou uma visão feminina numa alma masculina.

Lúcia Welt disse...

Barbaridade, guri(a)! Que lindo! Fiz notar por e.mail ao meu amigo Guilherme esse comentário anônimo interessante, e ele com seu jeito modesto de ser, retrucou da maneira que transcrevo aqui, literalmente:
"Quem me dera, querida Lucia, embora ela nos tenha deixado em carne tão cedo, ser a divina Alma, ter o talento e a beleza interior da nossa Musa. Ela mudou, sim, a minha vida, que ao descobri-la tentei me tornar o paladino dessa princesa inigualável das letras do Pampa e do nosso país. Mas quem sou eu, humilde pintor e cordelista, para merecer tão lisongeiro equívoco?..."

Guilherme mais uma vez me comoveu...

Anônimo disse...

UM amigo de noitadas, com nome italianado, um tal de João Mendusco, há mese me disse sobre a descoberta da poetiza Alma West. Minha vida se tranformou, eu que o que os gaúchos chamam de "pelo duro" Ele é Consul do Brasil em Corrientes, onde frequentávamos os mesmos bordéis/cabarés/casa de mujeres perdidas. Foi lá que realizei com camas e carnes quentes, bocas rojas e coxas calientes que me resultaram em vários hijos e muita plata para pagar despesa, pensões, achaques e ouro para aquelas divas calientes de cabelos nigros que me satisfaziam sem me saciar. Meu pai,estancieiro rico me mandou para a Nova Zelandia, para me curar e aprender sobre a modernidade da criação de gado. Não adiantou. voltei depois de quatro anos com a mesma avalassadoura volúpia pelo prazer cárneo que sempre impulsionou minha alma e corpo. Graças a Deus, um Padre de Dom Pedrito, recém voltado do Vaticano, me entendeu. Eu não era Demoníaco, como dizia minha família e a plebe ignara da região da fronteira. Ele disse que eu era um SENSITIVO e começou a trabalhar com a minha MEDIUNIDADE. Ele desenvolveu-a, lapidou-a até deixá-la cinzelada como uma estatua de David, por Michelangelo. Agora percebo tudo. Graças a esse padre de D. Pedrito, hoje reconheço minha mediunidade tranquila. È um paradoxo, mas os cardecistas das beiradas da fronteria me achavam um caso do Demônio. So o Padre H. me curou da minha devassidaão pecadoura. Jamais voltei aos prazeres da carnes. Adeus Bocas e coxas calientes das mujeres corentinas.
Mais ainda agora depois que meu amigo cônsul me faz ficar na internet, procurando o blog de Alma West. O qual é o meu altar e inspiração para toda minha vida. Ela me fez sublimar minha sexualidade devassa.
Querida mana Lucia. Me considere assim! Já sou da família.
Por último, um singelo pedido. Nos meus momentos de reflecção, sinto que Alma quer entrar em contato comigo. Sinto uma aflição recíproca; dela e minha. Ela tem me dito coisas magníficas sobre sua alma recôndita e úmida. Sobre as paragens geladas e inermes da estância s. Gertudres. Ela quer falar comigo.
Por favor, não é um embuste. Tenho certeza de ela QUER VIVER EM MIM. Por peço permissão para enviar alguns poemas que ela tem me ditado. São lindos. Ela e os pampas gauchescos serão sempre recordados. For ever. Nunca, jamais, olvidados. Bençãos. Zeca Malhão, das beiradas de São Borja, RS

Lúcia Welt disse...

Certamente, Zeca, podes me enviar os teus poemas que dizes a Alma ter ditado, que os lerei com prazer mas sem compromisso. Em princípio não tenho por quê duvidar de que a Alma tenha entrado em contato contigo, pois, como já contei até em poemas meus, ela aparece por aqui de noite no casarão, no jardim e no pomar. Mas até de dia ela já foi avistada por peões, na pradaria, cavalgando nua ou a pé. Ela se tornou uma lenda por aqui, e sinto que ela quer transmitir algo que ainda não entendi, talvez a respeito das circunstâncias de sua morte, que restam misteriosas. Agora, quanto a ela viver em ti, talvez seja uma maneira de dizeres que estás inspirado poeticamente por ela, o que também eu não duvidaria, pois a Alma está inspirando muita gente sensível e bem dotada.
Sim, mostra-me os teus poemas e eu saberei se a Alma te inspira...

Beijos da Lu

Anônimo disse...

Olá Lucia, tudo bem? Não sei se lembrará deste amigo de sua irmã e ex participante do recando. Agora já não o sou mais, embora ainda escreva, o recanto me deixou significativos momentos e lá travei amizade com sua doce irmã, com a qual troquei inúmeros e-mails e até ganhei um livro dela com dedicátoria de seu próprio punho. Lembro as conversas e os e-mails de todas as manhãs, os comentários em minha página e até uma homenagem que ela havia feito a mim em sua página no recanto. Quanta saudade mora aqui! Esses dias estava lendo novamente o livro dela, a dedicátoria e me lembro quão pesada me foi a nóticia da sua morte, fiquei estático, li duas vezes a carta, depois desci do apartamento da minha tia e caminhei por horas no silêncio, minha tia percebeu minha inquietação e perguntou o que havia acontecido e eu lhe contei a tamanha perda. Hoje ainda sinto, embora compreenda que nada morre, enquanto viver em suas linhas, essa é a vida do escritor e uso das palavras de Shakespeare - " Enquanto viveres essas linhas elas te farão viver eternamente."

Beijo, me escreva, quero saber como estás e manter contato contigo. Aqui segue o meu e-mail para contato - rodrigovinicius1988@bol.com.br

Aguardo contato. Tchau.

Lúcia Welt disse...

Querido Rodrigo!

Sim, eu me lembro de ti, pois tive acesso à caixa de e.mails da Alma após a sua morte, e andei respondendo algumas cartas de seus amigos e admiradores. Posso te afirmar que tu eras o mais querido dela, e a ternura com que te tratava era visível. Ah! Rodrigo, tu não imaginas que doce criatura era a minha irmã! Uma beleza profunda por dentro e por fora... Sua beleza física comovia as pessoas, tanto mais que tinha correspondência no seu interior. Todas a pessoas que a conheciam se apaixonavam por ela, ou a amavam com reverência e ternura, como nós de sua família, para quem ela era uma criatura sagrada desde guria. Ela nos deixou subitamente, prematuramente, de maneira que nos chocou a todos. O choque foi tão grande até naquele Recanto, que houve uma espécie de escândalo, confusão e equívoco, que culminou com sua expulsão póstuma, absurda, daquele site, com seu cadastro cancelado, junto com o do nosso amigo Guilherme de Faria ( que a descobrira e lançara lá em São Paulo) e que ficou tão chocado e sofrendo tanto com o a morte de sua Musa, que não reagiu e considerou como uma dolorosa honra e dever acompanhá-la nessa espécie de banimento e exílio daquele site que os consagrara.
Olha, querido, não pára de escrever, pois a Alma vela por ti que considerava talentoso, e creio que te inspirarará, de onde ela estiver. feliz, como sempre, como ela era...
Note que este blog contém os seus agora famosos Sonetos Pampianos da Alma (258 de um total de mais de 1.000 sonetos ), e por onde poderás acessar em links outros 22 blogs de sua obra abrangendo os diversos gêneros que ela abordava, verso e prosa, até o romance.
Repare que os sonetos Pampianos se lidos em seqüência certa (comece lá de baixo pelo Prólogo) reconstitui a saga de sua vida inteira desde a sua infância, através de seus sonhos, devaneios, arroubos, aventuras, crônicas do familiares e empregados, peões de nossa estância, fantasias, exasperações , melancolias e exaltações, tudo contra o fundo do cenário deslumbrante da paisagem do nosso Pampa, sempre presente na obra dela. É uma obra grandiosa, monumental embora intimista (contradição em termos) .
Quanto a ti, doce Rodrigo, continua me escrevendo, que se eu puder ser uma pequena substituta na tua amizade pela minha grande irmã eu o serei com prazer, apesar da grande responsabilidade que isso implica.
Fica com um beijo da Alma, através de mim
Lu
meu blog é
www.luciawelt.blogspot.com

Anônimo disse...

Prezada Lucia;
Em homenagem a vossa irmã, uma versão divina e mais bem acabada de Cecília Meirelles mesclada com Viginia Wolff(coitadas!). Quero lhe dizer que no RS não tem pradarias, só padarias. Tudo nos pampas são pampeanos e não pampianos. O Aurélio agradece. Bjos,e parabéns por cultivar a memória de vossa faustiana irmã.

Anônimo disse...

Oi tia Lu! A Alma não morre nunca! Apenas ela voou para o céu dos poetas! Pois é, eu participava daquele site RL, um lugar estranho, mas que marcou minha vida também, pois fiquei estigmatizado até hoje, como louco poeta das sombras do sul. Ainda guardo os muitos emails da Alma, e quem sabe, num futuro, publique um livro sobre. A Alma é imortal!
Roger o poeta louco das sombrs do Sul

Unknown disse...

Alma Welt...eterna...criação, ilusão doa artista ou ser vivente. Nada disso realmente importa. Importante o estado de espírito para o qual éramos levados com suas aventuras. E sua obra é eterna. Cresci e amadureci lendo cada um dos contos. Tenho orgulho de ostentar em minha estante um exemplar autografado de "Contos da Alma"...Whatever! Obrigada pelos momentos inesquecíveis.___ Monica Ferreira

Anônimo disse...

bom comeco

Lúcia Welt disse...

Quanto ao anônimo que disse:

"...Quero lhe dizer que no RS não tem pradarias, só padarias. Tudo nos pampas são pampeanos e não pampianos. O Aurélio agradece. Bjos,e parabéns por cultivar a memória de vossa faustiana irmã"...

devo dizer que o correto é "pampianos" e não pampeanos. Nós é que falamos o português errado aqui no Pampa (e não "na Pampa"). A Alma é que escreve o português correto. Por exemplo: nós gaúchos dizemos: "tu fala", "tu escreve", "tu foi", "tu disse"... quando o correto é: tu falas, tu escreves, tu foste, tu disseste...
Percebeste?

Anônimo disse...

Did you know that USA and Europe blocked Wikileaks? What do you think about it?
Hope for answer

Anônimo disse...

Agradecimentos para tomar o tempo para debater este , eu sinto fortemente sobre ele e adoro aprender extra sobre este tema. Se possível , como você conseguir experiência, você se importaria de atualizar seu blog com mais informações ? É extremamente útil para mim.